Ex-policial é condenado por assassinato de George Floyd
O ex-policial Derek Chauvin foi condenado pelo assassinato de George Floyd, ocorrido em maio do ano passado. Foi considerado culpado por assassinato em segundo grau e homicídio em terceiro grau e culposo. Ele foi imediatamente mantido sob custódia e será sentenciado nas próximas semanas. Os doze jurados o consideraram responsável por homicídio culposo; negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte e por causar a morte, sem intenção, por meio de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana.
Os veredictos foram anunciados na tarde desta terça-feira, dia 20, menos de um dia após as alegações finais. O julgamento foi concluído em três semanas.
Uma multidão se reuniu no centro de Mineappolis, numa área próxima ao local onde Floyd foi asfixiado e morto. e atualmento local é conhecido como “George Floyd Square”.
Formação multiracial do júri
O júri contava com seis integrantes brancos e seis negros ou multirraciais. O advogado de Chauvin, Eric Nelson, disse que o cliente agiu de acordo com a prática policial e que Floyd tinha problemas cardíacos, além de acusar o uso de drogas. Essa visão desprezou o fato de Chauvin ter ajoelhado sobre o pescoço de Floyd por nove minutos e 29 segundos. A acusação da polícia na hora da abordagem era de que Floyd teria tentado pagar uma conta em uma mercearia com uma nota falsa de US$ 20. Imagens de câmeras de segurança mostram que Floyd não ofereceu resistência à abordagem dos policiais.
Com o assassinato, os protestos contra a violência policial direcionada às pessoas negras ganharam o mundo. Durante semanas tanto nos EUA como em todos os continentes a mobilização antirracista se espalhou e cobrou uma resposta. A frase “eu não consigo respirar” foi exaustivamente repetida por Floyd, já imobilizado e com o policial sobre seu pescoço. Passou a ser o palavra de ordem os manifestantes.
Imagens: Abertura e Stop Racism de Hypotheses; Chauvin-reprodução de TV