Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha
Redação- redacao@negrxs50mais.com.br
As mulheres negras são a base da sociedade brasileira e de sua sustentação sócio cultural, mas seguem como exemplo da desigualdade. Em 2019 receberam, em média, menos da metade dos salários dos homens brancos, só 44,4%. Com relação às mulheres brancas, receberam 58,6% e 79,1% do que ganharam os homens negros. Neste sábado, 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, vários eventos marcam a data e debatem essa realidade.
A partir do Pará, com transmissão pelo Instagram @npdafro_ufopa, o Núcleo de Pesquisa e Documentação das Expressões Afro-Religiosas do Oeste do Pará e Caribe (NPDAFRO), organiza, às 20h30min deste dia 25, o debate “Mulheres Negras Afro-Latino Americanas e Caribenhas e a Luta por Direitos”. Participam Thiffany Odara (pedagoga, educadora social, redutora de danos a ativista dos movimentos negro e LGBTQIA+) e a professora da Ufopa e antropóloga Carla Ramos Munzanzu.
Culinária, samba e latinidade
No Rio de Janeiro, às 16h30min, o webseminário “Mulher negra e a culinária: lugar político de quem cozinha” , com participação gratuita e transmitido no Facebook, reúne oito mulheres que falarão sobre o papel político feminino na cozinha.
Ainda no Rio serão realizadas as lives “A representatividade da porta-bandeira”, com Selminha Sorriso, às 16horas, organizada pelo Centro Coreográfico da Cidade do Rio – @ccoreograficorj: e às 19horas uma live poética com o coletivo Cortando Silêncios, que tem a organização do Museu da História e da Cultura Afro-brasileira (MUHCAB) – @muhcab.rio.
Já a 13ª edição do Festival Latinidades apresenta, às 13horas, o Samba de Roda de Dona Dalva Damiana; às 14 horas um pocket show com Bia Ferreira, no lançamento do app Negras Plurais; às 15 horas uma live debaterá “Sonhos latino-caribenhos – mulheres em movimento, Americafricanidades e feminismos insurgentes.
Das 19 às 23horas uma série de shows. São eles:
- 19horas Krudas Cubensi (Cuba) – Artistas independentes, poetas, feministas, queer e ativistas vegetarianas;
- 19h30min- Suraras do Tapajos (PA)– Primeiro grupo de carimbó do Oeste do Pará composto somente por mulheres e o único do Brasil composto exclusivamente por mulheres indígenas.
- 20horas – Haynna (DF) – Considerada um elo entre o contemporâneo e o tradicional, com busca de reapropriar as narrativas de ritmos genuinamente negros.
- 20h30min – Anna Suav (PA)- Representante de Belém do Pará, é uma das artistas expoentes da cena new school do RAP e R&B do Norte do país.
- 21horas – Preta Ferreira (SP) – Janice Ferreira, a Preta, é multiartista, comunicadora inata e de formação. Hoje se apresenta como abolicionista penal e também ativista do MSTC.
- 21h30min – Bixarte (PB) – Cantora, compositora, poetisa e rapper. Ela é bicampeã do Slam estadual da Paraíba e finalista do Slam Brasil.
- 22horas – Brisa Flow (SP) – Criada no Brasil, a cantora e compositora ameríndia é mineira, mas radicada em São Paulo. Filha de artesãos chilenos, recebeu influências desde criança das músicas e cultura dos povos nativos da América Latina.
- 22h30min – Converse Apresenta MC Soffia & Rosa Luz – MC Soffia começou a sua carreira aos seis anos de idade, logo após participar do projeto “O Futuro do Hip Hop”. Hoje, com 16, gosta de produzir sons contestadores sobre paradigmas sociais. Rosa Luz utiliza artes visuais, música e tecnologia como elementos centrais em sua produção artística. Já integrou diversas exposições Brasil afora e participou de residências artísticas no Reino Unido
- 23horas – Enme (MA) – Artista queer, natural do Maranhão. Cantora, compositora, rapper e dragqueen, em 2019 lançou seu EP Pandú e teve destaque internacional na Vogue Italiana. Ganhou o prêmio de artista revelação no Festival Sons da Rua em São Paulo.
- 23h30min – Dj Tamy (RJ) – Carioca, é DJ e produtora musical com grande bagagem musical e espaço em eventos de grandes marcas, produtoras e festivais do cenário brasileiro.
Onde acessar: Canal Afrolatinas – Youtube