“Reciclando livros” é tema da Flup nesta terça-feira, 16

“Reciclando livros” é tema da Flup nesta terça-feira, 16

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A rodada desta semana da Feira Literária das Periferias (FlupRJ) cujo tema central é “Uma revolução chamada Carolina”, será realizada com a mesa “Reciclando livros”, onde os escritores Otávio Júnior e Tião Santos, conversarão com a mediação de Andreia Coutinho.  O encontro será na terça-feira, dia 16, a partir das 19horas, no YouTube e Facebook da Flup!

O painel se propõe a discutir a leitura, seu poder de transformação e como foi um fator de mudança na vida dos palestrantes. Otávio, por exemplo, encontrou um livro no lixo quando criança e decidiu virar escritor, enquanto Tião sempre esteve envolvido na coleta de materiais e tornou-se também um empreendedor social. Em suas vivências particulares, encontraram uma oportunidade nas palavras.
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O tema da mesa dialoga com o livro “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus, que montava a sua casa a partir de objetos que encontrava no lixo, incluindo livros e, dessa forma, pode mudar o rumo de sua história de vida. O lançamento do livro completará 60 anos no próximo mês de agosto.

A Flup em tempos de isolamento

O ciclo de debates, digitais em função da pandemia de Covid 19, conta com 45 autores, que vão da atriz Zezé Motta à rapper Preta Rara, passando pela urbanista Joice Berth, a deputada Benedita da Silva, a professora Fernanda Felisberto e a catadora Maria Aparecida. Os debates acontecem às 19horas de todas as terças, desde maio até agosto.

Os debates analisam a presença e o legado da autora do livro mais importante escrito por uma mulher negra brasileira.

A transformação pelos livros no Alemão e em Gramacho

Aos 9 anos, Otávio Júnior achou um exemplar de Don Gatón em um lixão da Zona Norte do Rio e, desde então, passou a sonhar em ser escritor. Criou o projeto Ler é 10 – Leia Favela, cuja ideia era aproximar moradores do Complexo do Alemão à literatura e formar leitores para provar que é possível realizar sonhos.  Otávio ficou conhecido como “livreiro do Alemão”, e em 2011 conseguiu publicar o seu primeiro livro.

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Tião Santos ficou conhecido por sua aparição no filme “Lixo Extraordinário”, um documentário lançado por em 2011 retratando o trabalho no Jardim Gramacho, a partir da atuação do artista plástico Vik Muniz no local. Tião era catador de lixo e presidente da Associação dos Catadores do local.

Atualmente trabalha como empreendedor social e catador de materiais recicláveis e nos livros entende a necessidade de um pensamento ecológico decolonial.

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