O papel do geriatra na prevenção da saúde é tema de live nesta quarta

O papel do geriatra na prevenção da saúde é tema de live nesta quarta

Share With Your Friends

Redação – redacao@negrxs50mais.com.br

Você sabe qual o papel do geriatra na prevenção da saúde? Como ele é preparado para tratar doenças específicas do processo de envelhecimento, como o alzheimer, a osteoporose e a artrose? Sabe como ele pode ajudar na manutenção da capacidade funcional da pessoa com mais de 60 anos? Quais os limites que definem autonomia x independência? De que forma as doenças podem afetar sua qualidade de vida? Uma live nesta, quarta-feira, 23, às 20horas, no Instagram @avancecentrodia, com a geriatra Carla Quintão, pretende apresentar um pouco da especialidade.

Carla é especialista em cuidados paliativos e em gestão de qualidade em saúde pelo Hospital Albert Einstein. Também coordena a clínica médica do Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus, além de atuar em clínicas particulares.

Alzheimer

Algumas doenças aumentam suas ocorrências na população acima dos 60. No caso do Alzheimer, por exemplo, na maioria das pessoas os sintomas começam nessa faixa e a proporção dos atingidos pela doença dobra a cada cinco anos a partir dos 65. Entre 65 e 74 anos, 5% têm a doença. Já das que chegaram aos 85, ou mais, a metade são acometidas.

Alzheimer - ilustração por Pixabay
Pixabay

Hoje existem cerca 35,6 milhões de pessoa com a doença no mundo e, em razão do envelhecimento da população global, esses números em 2030, serão 65,7 milhões e em 2050, 115.4 milhões, dois terços deles em países em desenvolvimento.

Osteoporose

fratura- osteoporose-DR.Manuel Gonzáles Teyes- Pixabay
Fratura – Imagem Dr.Manuel Gonzáles Reyes- por Pixabay

No mundo atinge 200 milhões de pessoas, das quais 10 milhões no Brasil.  A doença propicia fraturas que, muitas vezes, incapacitam as pessoas, seja para o trabalho ou para atividades de lazer. Pelo documento Consenso: prevenção e tratamento da osteoporose na América Latina – estrutura atual e direções futuras, divulgado no fim do ano passado pela Americas Health Foundation (AHF), 33% das mulheres brasileiras com mais de 50 anos têm a patologia.

Internacionalmente, 10% dos doentes estão na casa dos 60 anos de idade. 20% com 70 anos; 50% com 80 anos e 66% com 90 anos, de acordo com a Fundação Internacional da Osteoporose (IOF). As mulheres têm a maior parte dos casos, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso).

Artrose

Artrose- IAOM-US - por Pixabay
Artrose- quadril- Imagem: IAOM-US – por Pixabay

Segundo o Ministério da Saúde, a artrose atinge 15 milhões de pessoas no Brasil. A incidência de mulheres com artrose na faixa etária de 40 a 50 anos, período da menopausa, é maior do que a dos homens, e tende a piorar com o avanço da idade.

A artrose acomete em torno de 70% a 80% dos indivíduos acima de 65 anos. e compreende 65% das causas de incapacidade, atrás somente de doenças cardiovasculares e mentais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é a quarta doença que mais reduz a qualidade de vida para cada ano vivido.

Autocuidado e cuidado humanizado

A live faz parte do projeto “Avance nas Lives”, que começou em agosto e tem como anfitriã a fonoaudióloga e gerontóloga Carolina Ruiz, diretora da Avance Centro-Dia 60+. O objetivo é ajudar os 60+ e seus filhos (muitos também entrando na terceira idade) a investirem na prevenção de doenças e a evitarem que algumas delas se tornem crônicas.

Os temas chamam a atenção para a importância do autocuidado e do cuidado humanizado com o outro, além de visar a quebra de muitos tabus relacionados ao envelhecimento e conscientizar sobre o valor das pessoas com mais de 60 anos na sociedade.

Sobre a Avance-Centro Dia 60+

O conceito de Centro-Dia, previsto na Política Nacional do Idoso, é o de proporcionar uma rotina mais alegre e dinâmica entre pessoas com idades próximas, com a manutenção dos vínculos sociais e familiares.

A casa Avance fica em Botafogo (Rua Álvares Borgerth, 27) e conta com o “Plano Encontros”, para pessoas autônomas a partir dos 60 anos; e o “Plano Vivência”, para idosos com Alzheimer e outros distúrbios cognitivos.  A Avance reabriu as portas, depois do isolamento da pandemia Covid-19, das 8h30min às 18h30min para atividades terapêuticas e de estimulação do corpo e da mente, além de cuidados com a saúde em geral e alimentação.

Leia também:

Imagem destaque: Gerd Altmann, por Pixabay

negrxs50mais