Ato que exigiu Justiça por Hiago foi realizado hoje em Niterói
Redação – redacao@negrxs50mais.com.br
Centenas de pessoas participaram na tarde desta quinta-feira, dia 15,do ato que exigiu justiça para o assassinato de Hiago Macedo de Oliveira. O vendedor de balas foi morto, aos 21 anos, pelo policial militar Carlos Arnaud Baldez Silva Júnior, com um tiro, na terça-feira, dia 14. A manifestação ocorreu depois do enterro de seu corpo no cemitério Maruí, no Barreto, em Niterói.
Familiares de Hiago, amigos, vendedores ambulantes, representantes de entidades do movimento negro e políticos participaram do ato em frente à estação das barcas em Niterói. A deputada federal Talíria Petrone (Psol) falou sobre a violência recorrente sofrida pela população negra no Brasil e lembrou “a fome é preta, o desemprego é preto.”
Covardia, discriminação e ameaças
Os pedidos de Justiça estavam nos cartazes e nas falas. O jovem que foi chamado de macaco por um guarda municipal destacou a revolta com a “covardia”. Ele afirmou: “Covardia revolta, discriminação revolta. Fui chamado de macaco, tenho orgulho de ser negro. Vergonha da falta de profissionalismo de quem nos devia proteger, resguardar e dar segurança, nos oferece ameaças. Me sinto ameaçado pela guarda municipal. Não tenho nada contra a polícia ou a guarda municipal, mas me sinto ameaçado. Ontem foi testemunhado, mas muitas outras não foram.”
De acordo com informações confirmadas pelo secretário de Direitos Humanos de Niterói, Raphael Costa, as imagens das câmeras de segurança da CCR Barcas mostram que não houve nenhuma violência por parte de Hiago. Ficou explícito que o policial militar autor do disparo praticou um ato cruel de violência, o que ratifica o indiciamento por homicídio doloso.
Vídeo de Rosane Romão / Imagens extraídas de videos de Rosane Romão
