Casa Poéticas Negras oferece programação afro indígena na Flip

Casa Poéticas Negras oferece programação afro indígena na Flip

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Redação – redacao@negrxs50mais.com.br

Aquilombar-se. Essa é a proposta da Casa Poéticas Negras para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Casa parceira oficial do evento, a organização de impacto social tem sede e atuação no município. Neste ano, reforça a sua missão de dar voz às experiências, narrativas e expressões culturais afro-brasileiras e indígenas com foco no letramento racial e social. Para isso, reunirá editoras especializadas em literatura negra e indígena, escritores e escritoras, artistas e empreendedores, com uma programação recheada de debates e trocas afro-centradas. As atividades acontecem a partir de hoje, quarta-feira, 22, até domingo, 26 de novembro.

Casa poéticas negras - flip 2023 - aquilombar-se - Angela Damasceno

Angela Damasceno, fundadora do Casa Poéticas Negras, diz que acredita que o letramento racial e social é a base para a construção de uma sociedade justa e igualitária. “Onde cada voz é uma história a ser ouvida, cada identidade é um patrimônio a ser valorizado.”

A programação da Casa Poéticas Negras conta com mais de 40 horas de atividades afro-referenciada, com mesas literárias, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, slam, poesia, exibição do documentário Moa do Katende e shows. Tudo permeado com as presenças de convidadas do Brasil, como Katiuscia Ribeiro, Luciana Barreto, Dani Balbi, Fayda Belo, a secretária de Meio Ambiente do Rio de Janeiro Taina de Paula, e do exterior, como a escritora cubana Teresa Cárdenas.

Empreendedorismo local e de impacto social,

Casa poéticas negras - flip 2023 - aquilombar-se

Além da programação literária, o espaço contará com uma área dedicada ao empreendedorismo local e de impacto social. Participarão as marcas Apoema, Ateliê de Benguela e Ateliê Lúh, Dani Guira. A NUDE, oferecerá degustação de seus produtos 100% plant based e zero pegada de carbono.

Durante os cinco dias de evento, a Casa Negras Poéticas oferecerá gratuitamente uma programação que exalta e promove o pensamento negro e indígena. Em todos os dias, escritores e escritoras, pensadores e artistas apresentarão suas ideias e pesquisas sobre temas diversos que atravessam a comunidade negra e indígena brasileira.

No espaço também acontecerá o lançamento de mais de 50 publicações de editoras dedicadas à literatura afro-brasileiras, diaspóricas e indígenas. São elas: Coletivo Diversos, FEMINAs, Jandira, Kitembo, Miolo Mole, Pallas e Telha.

Serão realizadas leituras de trechos de obras e apresentações poéticas que exploram as diferentes facetas do movimento afro-brasileiro e indígena da atualidade.

Sobre a Casa Negras Poéticas

Fundada em 2019, tem como propósito, promover a equidade racial e cultural por meio da educação, da valorização da identidade negra e indígena. Busca capacitar, inspirar, unir comunidades, fortalecer o letramento e a autoafirmação, para a construção de um futuro inclusivo e representativo.

Programação

Dia 22 – quarta-feira
  • 15h30: Histórias e Cantigas para crianças de todas as idades com Suê Alyne com “Já sou grande” – de Laura Santos, in memoriam – e Fábio Mukanya Olele com “Uma antiga cantiga da África”
  • 17h: Histórias, relatos e vivências negras – construindo espaços de identidade, letramento racial e autocuidado com Pedro Augusto dos Santos, Odailta Alves e Carla Carrasco. Mediação: Angela DaCor
  • 18h30: A produção de autoria negra em prosas e versos com os lançamentos de Jeovanna Vieira e Bruno Ribeiro. Mediação: Angela DaCor
  • 20h: Slam do verso com Brenalta. É uma batalha de poesia falada que acontece mensalmente no município de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo. É o único slam ativo na cidade e conta com o título de ‘Slam Campeão’ do Circuito Slam SP 2022 tendo a sua representante Matriarcak, vencedora do torneio.
  • 21h30: Rito sonoro MÃE AFRIKA: Pedindo agô com Saliou Seck (Senegal) e Mukanya, que será a abertura oficial da Casa Poéticas Negras.
23 – quinta-feira
  • 10h: Dance Slam – Batalha de coreografia de TikTok. Trazendo a integração social por meio da dança, o grupo Dance Slam, utiliza como base coreografias do TikTok para criar um cenário de batalha com direito a ganhadores e prêmios com Dani Rosa.
  • 11h: Contos e saberes africanos. Mediação de leitura do conto “O Anel do Rei” e análise a partir do viés ancestral com Beta Ferreira.
  • 13h: Infância e vivências afroreferenciadas com Sidnei Nogueira, com o livro ‘Menina dos cabelos d’água’, a ilustradora Luciana Itanifè e Priscila Obaci, com o livro ‘Xirezinho – brincando com a natureza’.
  • 14h: Educação, literatura e cultura para uma sociedade mais inclusiva com Iya Marta Sales, Nelson Maca e Amauri Queiroz. Mediação: Angela DaCor
  • 15h30: Mulheres e suas vivências poéticas com Beatriz Félix, Analu Cristina e Elisa Pereira. Mediação: Sandra Regina

17h: Slam Diversos com Patrícia Jimin e Renato Kola. Nascido em fevereiro de 2018, o Slam DiVersos é um campeonato de poesia falada que reúne três modalidades de Slam em uma só competição: poemas curtos, de amor e tema livre. O Slam DiVersos é também organizador do Double Slam.

  • 18h30: Sarau baobá com King a Braba. É um coletivo que surgiu em março de 2020, em Itapecerica da Serra, em São Paulo. Fundado por King a Braba, o Sarau Baobá tornou-se itinerante ocupando um papel fundamental dentro das escolas e reúne múltiplas linguagens artísticas como, dança, poesia e música. É um espaço de desabafo, escuta e cura.
  • 20h: Rodas Negras: Capoeira, samba, identidade e MESTRE MOA PRESENTE! com Roberto Pereira (Perspectiva), Janete Góes Reis e Gustavo McNair. Exibição do doc MOA DO KATENDE e mesa de conversa.
  • 21h30: Samba do Bebele e Capoeira – A professora do Grupo de Capoeira Angola Angolinha, Janete Góes lidera a roda com seus filhos, filha e amigos para uma roda animada aos sons dos atabaques, saias rodadas e ladainhas.
24 – sexta-feira
  • 10h: Educar para a diversidade. Mediação de leitura com os livros de Noelia Miranda e Tatiana Moreira por Dani Rosa.
  • 11h: Patriarcado e racismo não combinam com desenvolvimento e a revolução democrática com Juliane Furno, Jailson de Souza e Silva e Rosana Miranda.                                  Mediação: Pauliane.
  • 12h30: Emancipação e trajetórias de mulheres negras com o lançamento do livro ‘Digitais Pretas’ de Beta Ferreira; Rai Soares e Aline Chermoula. Mediação: Jequélie Duarte.
  • 14h: Saúde Mental e subjetividades das mulheres negras e seus enfrentamentos à negrofobia com Roberta Federico, Veronica Santana e Eloá Moraes. Mediação: Tatiana Moreira.
  • 15h30: Poesia Preta de ontem e de hoje com Esmeralda Ribeiro, Mel Duarte e Angel Aguiar. Mediação: Jéssica Campos.
  • 17h: Diversidade e bem-viver: as múltiplas autorias em literatura indígena com Geni Nuñez, Janaú e Ellen Wassu. Sarau Urucum com Jamile Anahata.
  • 18h30: A história que “esqueceram” de nos contar com Ynaê Lopes, Luciana Brito e Roberto Pereira. Mediação: Marília Teles.
  • 20h: Xotarau, como o nome já sugere é um sarau erótico, organizado por mulheres pretas e lésbicas, moradoras da zona leste de São Paulo. A ação tem como objetivo proporcionar um espaço onde todos os corpos se sintam acolhidos e livres para serem quem gostaria de ser com Dani Rosa e lançamento do livro “Vinho Retinto” com King a Braba.
  • 21h30: ADRINKAZ. Apresentação musical com influências afrojazzísticas. O show reunirá músicos de origens e histórias diferentes que produzem uma linguagem futuro-ancestral comum, com raízes culturais negras.
25 – sábado
  • 10h: Narrativas de mulheres negras: estratégias e tecnologias sociais para emancipação com Dani Balbi, Thaina Briggs e Valesca Lins. Mediação: Veronica Santana.
  • 11h30: História, cultura e memória do pensamento negro com Henrique Marques Samyn e Marcelo Augusto Monteiro. Mediação: Thaina Briggs.
  • 13h: Literatura e historiografia preta: histórias que precisam ser contadas com Vitor Trindade com o livro ‘O Ogan Alabê’, Renato Silveira e o ilustrador Edson Ike com ‘Linhas pretas – Machado de Assis’. Mediação: Luana Vignon.
  • 14h30: Qual a nossa onda? A escrita negra na ficção científica e fantástica com Marco Aurélio, Lu Ain Zaila e Henrique André. Mediação: Israel Neto.
  • 16h: Sarau do Capão com Tawane Theodoro e Jéssica Campos. O coletivo surgiu em janeiro de 2017, fundado por Tawane e Jéssica, duas mulheres pretas e periféricas. O evento é uma mescla de poesia, dança, música e as diversas formas de arte, além de debate de questões de gênero, raça e classe.
  • 17h30: Movimento negro, lutas antirracistas e relações étnico-raciais no mundo contemporâneo com Richard Santos, Flávia Rios e Luiza Mandela. Mediação: Vitor Trindade.
  • 19h: Combinaram de nos matar. Mas nós combinamos de não morrer, com Fayda Belo, Luciana Barreto e Hananza. Mediação: Catita.
  • 20h30: Filosofia e literatura afrodiaspórica para emancipação com Teresa Cardenas, Katiuscia Ribeiro e Josane Silva Souza. Mediação: Richard Santos.
  • 22h: Samba do Quilombo. Formada por sambistas da comunidade, composto por jovens, mulheres, e integrantes mais antigos. Mestre Tuca, griô e guardião do samba na comunidade é presença garantida.
26 – domingo
  • 10h: Racismo ambiental e as estratégias de mulheres de axé como liderança com Tainá de Paula e Flávia Pinto. Mediação: Martha Sales.
  • 11h30: Escritas que vencem distâncias e lançamento do livro ‘É cada vez mais urgente manter vivo o que nos resta’ com Ana Elizabete Machado, Jequélie Duarte e Marília Teles. Mediação: Samira Calais.
  • 13h: Contos de nossa terra com Máximo Lustosa, Paulo S. Oliveira e Jô Freitas. Mediação: Angela DaCor.
  • 14h30: As culturas negras nos quadrinhos e HQs com Rodrigo Candido e João Miranda Mediação: Israel Neto.
  • 16h: A produção de conhecimento como estratégia de luta pelos territórios com Mestre Joelson da Teia dos Povos, a Laura Braga Quilombo da Fazenda, Gabriela Antonia do programa Mulheres da Borracha. Mediadora: Camila Haddad.
  • 17h30: A Pluralidade da Margem com Tawane Theodoro e Jéssica Campos. Mediação: Brenalta.
  • 19h: Encontrão poético: Sarau descansa militante com Coletivo Diversos.
  • 20h30: Spokén Word: Match (Música & Poesia) com Patrícia Jimin, King a Braba e Brenalta. Música e literatura se encontram num espetáculo cheio de poesia e afeto.

Onde fica a Casa Negras Poéticas na Flip?

Rua Comendador José Luiz, 398 Centro Histórico, Paraty

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