Sarau Ocupação Afropoética em Niterói neste sábado, 27

Sarau Ocupação Afropoética em Niterói neste sábado, 27

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Redação – redacao@negrxs50mais.com.br

Acontece neste sábado, dia 27, às 14 horas, o Sarau Ocupação Afropoética, um encontro literário-musical idealizado pela ativista cultural, Sol de Paula. A atividade é parte da programação da Bienal Black, que acontece até 16 de junho, e estará no Espaço Cultural Correios, na Rua Visconde de Rio Branco, 481, em Niterói como parte do circuito da 3ª edição da Bienal Black.

Sarau Ocupação Afropoética - Sol de Paula - # Bienal Black

Sol de Paula, que é psicóloga, escritora e ativista cultural, explica que seu evento é fundamentado em eixos identitários. Ela trabalha com arte libertadora, identidade, educação, memória afetiva, literatura e interação social. O objetivo é fortalecer a cultura com o fomento da inclusão. Participam artistas convidados que podem usar um “microfone aberto” que ficará à disposição e é incentivada a interação de artistas em geral, como músicos, escritores e dançarinos.

A 3a Bienal Black, com o tema “Fluxos (in) Fluxo: Transitoriedade, Migração e Memória”. Busca explorar e destacar a relação entre as experiências contemporâneas de migração e as práticas artísticas do pensamento crítico decolonial como papel central. Essa edição da bienal pretende gerar discussões e reflexões sobre como a mobilidade e a transitoriedade moldam as identidades culturais, as histórias pessoais e as trajetórias de vida dos indivíduos e comunidades. São contempladas questões como o senso de lugar, deslocamento e pertencimento e levantadas questões como as desigualdades sistêmicas de gênero e das identidades em fluxos.

Exposição nômade com curadoria colaborativa e destaque para artistas negros

​A Bienal Black Brazil Art ocorre em formato presencial e/ou virtual desde 2019. Tem curadoria colaborativa com: Patrícia Brito – Instituto Black Brazil Art; Claudia Mandel Katz – Museo de las Mujeres de Costa Rica; Edwin Velázquez – Casa Silvana de Porto Rico; Julio Pereyra – Colectivo de Estudios Afrolatino americano do Uruguay e Vinicius – Momentos World da Alemanha. O acervo reúne pinturas, esculturas, vídeo arte, instalações, entre outros trabalhos. A partir dessa edição a bienal se torna nômade, com o objetivo de percorrer as diferentes regiões do país e promover a diversidade e a inclusão na arte. O destaque fica para artistas negros brasileiros e suas obras, principalmente mulheres.

Eixos expositivos

O evento se desdobra em cinco eixos expositivos: linhas insurgentes, redes de transmissão, práticas geradoras, (re)imaginando o cubo preto e memórias (trans)locadas.  a Bienal Black tem curadoria colaborativa com instituições e artistas independentes.

Linhas Insurgentes

Linhas insurgentes

  • ​Neste eixo, explora-se a arte como uma forma de insurgência e resistência. Destaca obras que desafiam as convenções e que questionam as normas sociais e políticas. Os trabalhos celebram a capacidade da arte de romper barreiras e estabelecer novos caminhos de expressão e liberdade.
Sarau Ocupação Afropoética - Bienal Black - Redes de Transmissão

Redes de transmissão

  • Este eixo se concentra nas conexões e interações entre artistas, comunidades e culturas. Por meio da análise de redes de transmissão de conhecimentos, técnicas e tradições artísticas, busca compreender como esses fluxos influenciam e moldam a produção cultural e a memória coletiva.
Sarau Ocupação Afropoética - Bienal Black - Práticas Geradoras

Práticas geradoras

  • Este eixo destaca práticas artísticas que geram novas possibilidades e perspectivas, promovendo a inovação e a experimentação. Por meio de instalações, performances e outros meios, os artistas envolvidos exploram o potencial transformador da arte e sua capacidade de gerar mudanças e reflexões.
Sarau Ocupação Afropoética - Bienal Black - (Re) Imaginando o Cubo Preto

(Re) imaginando o cubo preto

  • Este eixo propõe uma revisão crítica e criativa do espaço expositivo tradicional, conhecido como “cubo branco”. Ao reimaginar o cubo preto, este eixo questiona os modos convencionais de apresentação e apreciação da arte. Propões ainda novas abordagens e espaços de encontro e diálogo.
Sarau Ocupação Afropoética - Bienal Black - Memórias (trans)locadas

Memórias (trans)locadas

  • Este aborda questões de memória, migração e deslocamento, enfoca as experiências de indivíduos e comunidades que enfrentam a transitoriedade e a diáspora. As obras apresentadas neste eixo exploram as complexidades das memórias deslocadas, ressaltando a importância do passado na construção de identidades e narrativas culturais.

​Os organizadores explicam que é mais do que uma transposição de obras e formatos convencionais de apresentação. As obras exploram as possibilidades e especificidades do ecossistema das práticas decoloniais. Assim, a arte e a cultura, que têm o poder de conectar, conscientizar e humanizar essas experiências, oferecem trocas para que artistas e comunidades compartilhem suas narrativas, desafiem estereótipos e criem um espaço inclusivo e democrático.  

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